A Confusão da Intervenção Militar
Não seria estranho pessoas acreditarem em uma história que
um ateu rogou por um milagre divino em total desespero. É o último recurso,
então, por que não tentar?
Eu, você e a população em geral não queremos uma intervenção
militar. Na minha humilde opinião, vejo esses pedidos exatamente como um último
recurso de desesperados: não existem outras saídas – visíveis – então se o não
é o que se tem, vamos tentar o impossível.
Lembrar com saudades um tempo de paz – governos militares –
conseguido pelo medo da população não é saudável, nem para os velhos, que bem
disciplinados (como eu) que não tinham nada a temer, como os indisciplinados,
que queriam contestar e para os verdadeiros guerrilheiros, que estavam
dispostos a dar a vida por sua filosofia comunista. Por esses últimos não derrubo
uma lágrima sequer: quem sai com a disposição de morrer e matar não pode reclamar
do que o destino lhe traz.
Quando vemos uma faixa de “Intervenção Militar Já”
deveríamos ler como o grito desesperado do ateu: Deus, me ajude!
Basicamente foi isso que os caminhoneiros fizeram durante os 11 dias de greve: pediram por um milagre impossível nos dias de hoje. Pediram tanto que já não se sabia o que realmente queriam. Eu, pessoalmente, comecei a acreditar que queriam que o tempo parasse ou até retornasse para o momento que eles tinham comprado caminhões em 2009 aproveitando incentivos fiscais para renovar a frota com juros de 7% ao ano via BNDES para pagamento em 8 anos, e, coincidência! Os 8 anos acabaram em 2017, uma verba de 77 bilhões, financiada pelo povo, com prejuízos para todos os brasileiros, que são donos do BNDES. Essa parte não foi mostrada nos protestos.
Não seria a intenção dessas pessoas apenas ter alguém com
mais poder que o presidente corrupto, que o Congresso corrupto, que o Supremo,
digamos, parcial? Alguém que nos livrasse de todo mal. Que pudesse “botar medo” nessa turma. E quem já fez isso
antes? Os Militares.
Lembram então dos bons momentos: crescimento do Brasil,
estradas, hidroelétricas, pleno emprego, segurança. Entretanto, esquecem que
não tinham liberdade para ler alguns livros, filmes, para saber a própria
história do Brasil, de outros países, acesso à tecnologia, dirigiam carroças.
O ir e vir à outros países era restrita. Poucos se lembrarão
que durante um período de tempo era preciso depositar uma enorme quantia em
dinheiro como “resgate”: se voltasse da viagem ao exterior receberia o dinheiro
de volta.
O interessante é que, naquela época, bastava ter 21 anos e possuir identidade para comprar uma arma, de qualquer calibre que estivesse à
disposição para venda e toda a munição que quisesse. Era preciso ter registro e
porte, mas não existia tanta burocracia para isso.
Eu sou contra uma intervenção militar, mas votaria em
militares. Oficiais formados na Academia Militar das Agulhas Negras recebem uma
das melhores formações profissionais do país como gestores e líderes. Além
disso, têm sedimentados profundamente em seus espíritos o dever com a pátria, ética, formação de caráter. Isso também é válido para oficiais da Marinha ou da Aeronáutica.
Longe de dizer que todos são honestos e são perfeitos para o
cargo de políticos. Existe uma diferença entre ser administrador e político,
principalmente no Brasil. A variável é o povo, que prefere votar no “famoso” do
que no apto.
Quando você percebe que Lula, Aécio, Alckmin, Gleisi,
Requião, Renan, Collor, apenas para usar como exemplo alguns lesa-pátria, ainda
têm eleitores, já dá uma ideia do país que temos.
Não interessa o quanto sejam corruptos, ainda possuem
(muitos) seguidores que os vendem como anjos caídos do céu.
É possível sairmos da lata do lixo do 3º Mundo?
Queremos um país melhor, mas queremos que os “militares” venham limpar a
sujeira que fizemos, sem que tenhamos que pagar por anos e anos de preguiça,
desleixo e falta de preocupação.
Aqui se faz, aqui se paga e estamos pagando pela nossa
falta de vontade, preguiça em pesquisar a capacidade em gerir nossos
recursos e o passado das pessoas que caçam nossos votos. De como é feita a eleição.
Questionar até mesmo se por existirem tantos corruptos, não deveríamos repensar sobre o Parlamentarismo, onde quando um governo não tem mais
representatividade, ele cai, não precisa ser expulso.
Algo a ser pensado. Não para essa encarnação, infelizmente.
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