Não Sou Obrigado
Quando chega o final do ano somos
bombardeados por mensagens de paz entre os homens, para perdoar, não nos agarrar
ao passado, olhar para frente.
A frase que mais falei esse ano
foi “não existem máquinas do tempo”. Não podemos mudar o passado, temos que lidar
com as consequências do que fizemos e de que outras pessoas fizeram e que nos
atingiram.
Para me lembrar que não posso
mudar o que aconteceu, fiz uma tatuagem onde coloquei a frase “No Regrets”, que
traduzindo do Inglês quer dizer: sem arrependimentos.
Levanto todos os dias da minha
cama sempre imaginando que vou fazer diferença na vida de alguém para o bem.
Nem sempre tenho essa sorte, mas sempre é a intenção.
Jamais poderia trabalhar com
alguma coisa da área de Humanas.
Não que eu tenha fobia a pessoas.
O problema é que existem muitas exceções entre uma e outra.
O que vale para uma não vale para
outra. O que é um gesto educado pode parecer malícia.
Amizades tem se misturado com
profissionalismo (vice e versa), pesos e medidas divergem de acordo com o nome
da certidão de nascimento, identidade ou crachá.
Seres humanos.
É necessário sobreviver à essas
coisas, então desenvolvi o “desapego”. Viver entre as pessoas, mas não me
apegar à mais ninguém de forma duradoura.
Evitar decepções, criar expectativas.
Não posso e ninguém pode exigir o
amor, reconhecimento ou atenção de quem não está disposto a dá-lo de bom
agrado. Não é possível comprar essas coisas.
Nem mesmo gratidão se compra com
dinheiro.
Sentimentalmente fui precificando
a perda das pessoas. Passaram pela minha vida, de forma positiva ou negativa,
mas passaram. Era uma decisão delas ficar ou não. É minha decisão sentir a
falta delas.
Decidi que não sofreria mais.
Da mesma forma como elas se foram,
não me sinto obrigado a ficar na vida de ninguém, muito mais quando me sinto
inconveniente. Incluo nessa lista qualquer pessoa de qualquer nível de
relacionamento.
Sou e são livres.
Meu desejo é de um Feliz Natal
para todos, mas paz, apenas para aqueles que a merecem.
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